Seminário da Abrapp posiciona agronegócio como oportunidade de investimento de longo prazo
O cenário atual de juros ainda altos direciona os investimentos para títulos públicos, mas isso tende a mudar, o que leva as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) a buscarem novas alternativas de investimentos – e o agronegócio brasileiro é um dos ativos mais promissores no longo prazo. O tema foi debatido no painel “Cenários e Oportunidades para o Agro como Investimento de Longo Prazo”, realizado durante o seminário Fiagros como Estratégia de Diversificação para as EFPC, realizado na quinta-feira, 2 de outubro, em São Paulo.
Moacir Teixeira, sócio-fundador da Ecoagro, destacou que o Fiagro já mobilizou centenas de milhares de investidores, mas a maioria é composta por pessoas físicas. O desafio agora é direcionar recursos para infraestrutura, armazenagem e logística, gargalos que limitam o crescimento do setor.
Ele mostrou os caminhos práticos de investimento, ressaltando que há espaço para investidores de longo prazo fazerem alocações que agreguem valor nas áreas citadas, gerando resiliência e trazendo retornos sustentáveis. “Eu entendo que o financiamento da safra não vai fazer parte da nossa ideia de fundos. É muito mais inteligente a infraestrutura. São operações de longo prazo”.
“O que eu tenho de gargalo nos portos, nas estradas. Isso tudo é oportunidade”, continuou. “Esse é o mundo que a gente enxerga, de longo prazo, que tem rentabilidade e sofre pouco com o clima”. Teixeira ressaltou que o Fiagro é um instrumento recente e em construção, e ressaltou a importância da educação para o desenvolvimento do agronegócio, reafirmando a disposição para contribuir. “Eu aprendi no agronegócio que não se leva a operação de prateleira. É entender a necessidade e respeitar”, acrescentou.